Já se vai algum tempo (anos) que os meios de comunicação nos alertam sobre o drama dos hospitais. Esta semana, por motivos particulares, acabei por verificar, pessoalmente, que o drama acabou. Virou caos !!!
Visitei o Hospital de Clínicas e o complexo da Santa Casa (ambos de Porto Alegre - capital do estado que representa mais de 17% do PIB nacional) e em ambos o que ví foi de chorar de pena (de quem depende deste tipo de serviço) e de vergonha (de ser tratado como palhaço). Como todo brasileiro, pago impostos e não sei aonde é gasto - na saúde não é.
Para se ter uma idéia... no HCPA, uma senhora aguardava desde as 7 da manhã (e já passava das 15 horas - ou seja, 8 horas esperando por atendimento de urgência). Um rapaz acompanhdo da mãe, tentava ,EM VÃO, atendimento odontológico de emergência (havia sido assaltado e lhe agrediram, quebrando alguns dentes). Com o rosto bastante machucado e inchado, escutou da recepcionista que o único local que poderia (sic) atender seria o Conceição. Seria pois, ela nem certeza tinha.
Não acreditei e fui verificar. E confirmei... o único hospital que atende emergência odontólogica na região metropolitana é realmente o Hospital Conceição.
É de doer... não só nos dentes...
Enquanto isso nossos candidatos "primários" (os que estão em primeiro e são primários nas suas enganações) nos enchem de falsas informações e promessas vazias.
Acompanhem as balelas:
A Secretária Municipal da Sáude de Poa (do candidato Fogaça) não presta contas dos seus gastos na área, conforme o vice-coordenador do Conselho Municipal de Saúde de Porto Alegre, Oscar Paniz. O candidato promete investir 12% das RLTI (Receitas Liquidas de Impostos e Transferências). Ora... a emenda 29 exige esse percentual mínimo desde 2004 quando entrou em vigor. Mas se ele não presta conta como saber?
A candidata a reeleição, Yeda Crusius, não fala em números para a pasta mas, considerando que, nos últimos 3 anos contabilizou como investimento em saúde, despesas referentes à Corsan e ao IPE-Saúde, não podemos esperar por uma solução a curto prazo. Aliás, a solução para o drama dos hospitais, da candidata, passa pelo remanejo dos pacientes para outros hospitais do estado. Ficamos na mesma, as prefeituras empurram os pacientes para a capital, a capital "remaneja" os pacientes para o interior. Só falta vincular a saúde à pasta do turismo...
Quanto ao candidato Tarso Genro, do PT, fala de investimento na área da saúde e cumprimento do que prevê a constituição, ampliação das equipes do Programa de Saúde da Família (PSFs), criação das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e construção de hospitais regionais. Mas, durante visita ao Grupo Sinos, em Novo Hamburgo, saiu com essa "Quanto à saúde, não há outra saída a não ser melhorar o SUS."
Ficamos na mesma... dependendo do SUS...
E agora senhoras e senhores?
Elegemos quem vai resolver os nossos dramas?
Ou ficamos torcendo para não precisar dos hospitais?
Da sala de aula para um gabinete ministerial - Aylê -Salassié Filgueiras
Quintão*
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O que são políticas públicas? Já no final de um curso de Sociologia
Política, havia estudado ideologias, partidos políticos, Poderes e Modelos
de Estado,...
Há 12 horas
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