Olimpíada do Rio: Mais uma mentira.

Quando o Rio de Janeiro ganhou o direito de sediar os Jogos Panamericanos de 2007, uma das promessas era de que uma eventual olimpíada que a cidade viesse a sediar já teria condições de usufruir da estrutura quase total do Pan. É claro que isso era, em grande parte, mentira.

Primeiro, é bom lembrar que havia a promessa de que o Pan custaria por volta de 300 milhões de reais. Custou mais de três bilhões, dez vezes o valor estimado inicialmente. Foi a primeira mentira.

Segundo, a polêmica do Parque Aquático Maria Lenk. Palco de todas as competições aquáticas em piscina do Pan 2007, foi construído com a promessa de que teria a mesma função em uma eventual olimpíada que o Rio viesse a sediar, só precisando de uma reforma moderada. Só que os Jogos de 2016 caíram no colo da Cidade Maravilhosa e o Maria Lenk vai servir apenas para saltos ornamentais e pólo aquático. Para as competições de natação, o filé mignon dos desportos aquáticos, está sendo construído um novo parque aquático com arquibancada provisória. Foi a segunda
mentira.

Terceira, a polêmica do Velódromo. Também construído para o Pan 2007 com a promessa de que uma reforma adaptaria o local para a competição olímpica, o Comitê Olímpico Internacional que demolir a obra cinco anos de pois de terem sido investidos 14 milhões de reais de dinheiro público. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, já se manifestou contrário à demolição. O problema é que a própria prefeitura, através da Rio Urbe, setor municipal responsável pelas obras, já abriu edital para licitação para a construção de um novo velódromo.

Sempre dizem que o brasileiro não tem memória. Parece que os governo federal, estadual e municipal do Rio de Janeiro, e, sobretudo, o COI, apostaram bastante nisso quando prometeram mundos e fundos para o Pan 2007.

Então, fiquemos de olhos bem abertos pois, é ano de eleição e, assim sendo, vamos aproveitar e defenestrar estes enganadores e aproveitadores.