quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Prefeitura abre investigação para apurar desmoronamento de conduto de R$ 59 milhões

A prefeitura de Porto Alegre abriu investigação para avaliar a responsabilidade pelo desmoronamento do Conduto Álvaro Chaves. Técnicos do Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) avaliam nesta manhã os estragos provocados pela enxurrada de quarta-feira no local. Inaugurada em 2008, a maior obra de drenagem da capital gaúcha custou R$ 59 milhões, mas não impediu vários pontos de alagamento na região onde está instalada. Na esquina das ruas Coronel Bordini e Marquês do Pombal, o asfalto cedeu e o trecho permanece bloqueado. O prefeito José Fortunati ressaltou que uma empresa internacional realizou a obra e tem responsabilidade técnica sobre ela. — Vamos buscar esclarecimentos da empresa e encaminhar ao CREA (Conselho Regional Engenharia Arquitetura Agronomia do RS) para que a prefeitura possa ser ressarcida. Alguém precisa ser responsabilizado. Os técnicos vão analisar a estrutura e de que forma foi abalada — afirmou Fortunati, em entrevista à Rádio Gaúcha. Em entrevista a Zero Hora, o prefeito acrescentou: — É preciso ver esta situação com um olhar de perplexidade porque aqui foi feita uma das principais obras de drenagem da cidade. O proprietário dos carros que caíram no buraco e lojistas que tiveram os estabelecimentos danificados pela chuva após demoronamento de conduto poderão, eventualmente, ser indenizados. Fortunati orientou as pessoas afetadas a realizar laudos técnicos para entrar com recurso administrativo na prefeitura. Segundo o DEP, a obra tem um seguro ainda válido e que pode ser acionado. Além das empresas envolvidas na obra, o CREA também será notificado pois participou da fiscalização da construção. As obras no Conduto devem se estender pelos próximos 60 dias. Até o final do dia, o DEP promete divulgar uma nota oficial informando os primeiros resultados da inspeção. Bastou uma hora, nesta quarta-feira, para Porto Alegre submergir. Uma chuva torrencial, equivalente à média de 19 dias de precipitação em fevereiro, transformou ruas em rios caudalosos, ilhou moradores, paralisou o trânsito. O caos urbano provocado pela enxurrada levou a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) a recomendar à população que evitasse sair de casa. Antes do toque de recolher informal, um taxista foi encontrado morto em uma área alagada. http://videos.clicrbs.com.br/rs/zerohora/video/video-minuto/2013/02/motorista-empurra-carro-apagado-avenida-que-virou-rio/13099

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